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sexta-feira, 30 de junho de 2006
Mais uma...triste...
O Rouxinol e a Rosa
Era uma vez, um Rouxinol que vivia num jardim. No jardim havia uma casa, cuja janela se abria todas as manhãs. Na janela, um jovem, comia um pão, olhando para as belezas do jardim. Sempre deixava cair migalhas de pão, sobre a janela. O Rouxinol, comia as migalhas, acreditando que o jovem as deixava de propósito para ele. Assim criou um grande afecto, pelo jovem que o alimentava, mesmo com migalhas.
O jovem um dia apaixonou-se. Ao declarar-se a sua amada, ela disse que só aceitaria seu amor, se como prova, ele desse a ela, na manhã seguinte, uma Rosa vermelha. O jovem, percorreu todas as floriculturas da cidade, a sua busca foi em vão, não encontrou nenhuma Rosa para oferecer à sua amada. Triste e desolado, o jovem foi falar com o jardineiro da casa onde vivia. O jardineiro explicou-lhe, que poderia dar-lhe Violetas, Cravos, tudo menos Rosas. Elas estavam fora de época, era impossível consegui-las, naquela estação.
O Rouxinol, que escutara a conversa, ficou penalizado pela decepção do jovem, tinha que fazer algo para ajudar seu amigo, a conseguir a flor. Assim, a ave procurou o Deus dos pássaros que lhe disse:- Na verdade, podes conseguir uma Rosa Vermelha para o teu amigo, mas o sacrifício é grande, e pode custar-te a vida! - Não importa! Respondeu a ave - O que devo fazer? - Bem, vais ter que te embaralhar numa roseira, e ali cantar a noite toda, sem parar, o esforço é muito grande, o teu peito pode não aguentar. - Assim farei! Respondeu a ave -é para a felicidade de um amigo!
Quando escureceu, o Rouxinol, embaralhou-se no meio de uma roseira, que ficava em frente à janela do jovem. Ali, se pôs a cantar, o seu canto mais alegre, precisava de se apurar na formação da flor. Um grande espinho, começou a entrar no peito do Rouxinol, quanto mais ele cantava, mais o espinho entrava no seu peito. O rouxinol não parou, continuou seu canto, pela felicidade de um amigo, um canto que simbolizava gratidão, amizade. Um canto de doação, mesmo que fosse da própria vida!
Do peito da pobre ave, começou a escorrer sangue, que foi se acumulando sobre o galho da roseira, mas ela não se deteve nem se entristeceu.
Pela manhã, ao abrir a janela, o jovem deparou-se diante da mais linda Rosa vermelha, formada pelo sangue da ave, nem questionou o milagre, apenas colheu a Rosa. Ao olhar o corpo da pobre ave, o jovem disse:- Que ave estúpida! Tantas árvores para cantar e foi se enfiar justamente no meio da roseira que tem espinhos, pelo menos agora dormirei melhor, sem ter que escutar o teu canto parvo e chato.
Cada um, dá o que tem no coração, cada um recebe com o coração que tem...
Posted by katzell ::
6/30/2006 03:25:00 da tarde ::
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